segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O voto, mais uma vez... O voto.


Eu tenho lido tanta bobagem sobre o voto, que resolvi escrever a minha versão de bobagens sobre o tema, só para ser mais original que a maioria dos meus antecedentes.


Vai daí, inicio e termino com definições:



O voto.

O voto dentro do contexto político nada mais é que uma escolha para a ocupação de um cargo no qual o eleito, exercerá uma função (anteriormente definida por um órgão competente, eu acho) e para a qual o eleitor não tem aptidão, não está preparado para executar ou ainda por qualquer outro motivo que seja, inclusive a vontade deste de não o fazer ou executar coisa nenhuma.

O eleitor, exercendo a sua vontade através do seu voto, escolhe para este cargo alguém que dentro da sua maneira de entender fará o que ele (o eleitor) faria de melhor (seja lá o que isto venha a significar) em qualquer situação ou hipótese, se para esta função tivesse ele investido seu tempo, seu gênio ou empenho.



Existem três tipos de voto:

a – O Voto válido – É um voto onde a escolha do eleitor é considerada válida pela lei vigente no momento e para o pleito em questão.

b - Voto em Branco – É o voto onde o eleitor não encontrou nenhuma opção para sua escolha pessoal mas as opções existentes são aceitáveis e se equivalem para a função. (tanto faz como Tanto fez, o que vier é lucro)

c – Voto Inválido ou Nulo - É o voto onde o eleitor não encontrou nenhuma opção para sua escolha pessoal pois as opções existentes NÃO são aceitáveis sob nenhuma avaliação com um mínimo de consistência para a função. (assim não dá, não tem ninguém que presta, pelo amor de Deus me arranjem outra lista)


Mas só existem duas maneiras de votar:

1 - O voto Induzido.

2 - O voto Livre, Consciente e Adulto.




Definição de voto induzido.

O voto induzido é todo aquele em que o eleitor vota de acordo com uma vontade que não é a sua, tornando assim com este ato, uma vontade que não é originalmente a sua, sua vontade e não a de outrem. (credo!!!)

Este é o voto com mais subdivisões, nomes, alcunhas, apelidos, pseudônimos e logaritmos do que pode lograr a imaginação humana conceber, é neste voto que reina soberano e absoluto o imperador “Sofisma” em toda a sua grandeza milenar.

Como as faces que este voto exibe são quase infinitas eu decidi exemplificar o tópico com quatro máscaras somente:


Voto induzido do tipo 1 – Voto “Vitorioso”.

O eleitor é do tipo Gérson, leva vantagem em tudo, por isso o voto dele é sempre o ganhador e para os ganhadores, se der “zebra” e o candidato em que votou não ganhar eles nunca lhe dirão isso e a única exceção para esta confissão será se eles vierem a ganhar algo com isso.

Se em algum momento for dito a estes cidadãos que comer cocô é lucrativo ou proporciona alguma forma de vantagem eles certamente comerão todos o que encontrarem pela frente, principalmente se houver qualquer tipo de propaganda massificante ou, se os percentuais de pesquisa forem tão vencedores como eles o são.

É o eleitor dos patrocinadores, das aparências e da moda que estiver em voga no momento.


Voto induzido do tipo 2 – Voto “Ignorante”.

È o voto do eleitor experto quando não, intelectual, esclarecido ou moderninho que ficou de “saco cheio” com o sistema o qual julga incorreto e demonstra isso “partindo pra ignorância”:

Procura o maior absurdo que se possa encontrar e tenha condições de ser eleito (a democracia é muito permissiva no que tange aos absurdos) e neles votam.

Esta criaturas chegaram à conclusão de que “nada podi ficar mais pió do que já está”.

Eu acho que se o Robim, parceiro do Batman, dizer: “Santa ignorância do que pode ser pior” será por isso processado por discriminação cultural.

“Santo socialismo”...

É o eleitor do status quo, da mudança a qualquer custo seja lá para onde for, do seja o que Deus quiser, do antigo e sangrento alea iacta est.


Voto induzido do tipo 3 – Voto “RH Executivo”.

Este eleitor procura entre os selecionáveis o que tem o melhor curriculum vita para o cargo, em seguida compara o seu “pedigree” com o dos outros concorrentes, só o melhor em toda esta burocracia papeleira pode ser escolhido.(Hummm... neologismo???)

Qualquer candidato sem histórico social e profissional, de berço ignoto, se socialmente um desconhecido dos famosos e poderosos ou ainda, um novato na carreira com idade avançada para o cargo (dentro do seu conceito) nem será cogitado para o seu voto.

Ele houve atentamente as propostas de cada um dos que lhe interessa e o que diz os noticiários a respeito dos concorrentes, lê com avidez as colunas sociais do meio em que estes candidatos vivem, pode compreender com muita clareza o porque das promessas anteriores não terem sido cumpridas e concorda com os motivos expostos pois entende os problemas que enfrentam os altos executivos.

Como é um eleitor politicamente correto e esclarecido o seu voto será para o que estiver mais politica e socialmente preparado de acordo com o sistema de gestão atual do esquema em vigor para o cargo determinado.(pelas barbas do profeta!!!)

É o eleitor esclarecido politicamente, um cientista político, um especialista em comportamento humano e objetividade.


Voto induzido do tipo 4 – Voto “Cívico ou de Fé”.

O eleitor possui algum censo de nacionalidade ou fé em alguma coisa, é o tipo de eleitor que acha que sabe o verdadeiro valor do seu voto mas não tem nenhuma vocação, gosto ou tendência para “Rui Barbosa” no que tange ao conhecimento da lei e dos candidatos, bem como às consequências advindas do seu voto quando adido ao de outros.

Segue ao pé da letra o que lhe disserem ser o seu dever cívico ou de fé, este eleitor jamais anulará o seu voto, mesmo porque é muito provável que não saiba mesmo como fazê-lo mas, dirá sempre que voto nulo não é cívico nem correto, se não votar em branco votará em qualquer coisa que seja legalmente válida ou que observe os seus parâmetros de civismo, fé e principalmente de acordo com as ideias expressas pelas mídias que lhes são mais pertinentes.

É o eleitor do... é, eu ouvi o galo cantar mas não sei aonde nem o porque, do... ora, eu faço isso porque tem que ser feito, do... você não sabe que o voto é secreto?, do... Etc. etc. etc.


Definição do voto de Livre, Consciente e Adulto

Este é o único voto que sistemas viciados não gostam e evitam a todo custo.

O eleitor que realmente sabe o valor do voto irá escolher alguém da relação em vigor para o evento, que melhor faria o trabalho para o qual foi cotado, procurando por todos os meios disponíveis as informações conhecidas sobre o candidato, sempre descartará as que notar tendenciosas, descartará as informações cujas origens não são confiáveis ou são incertas e inseguras, descartará também as pesquisas de opinião pública venham elas de onde vierem.

Se encontrar aquele ou aquela que procura, confirmará a sua escolha votando em seu(s) nome(s), independente de qualquer outra sugestão, imposição ou chantagem.

Se chegar à conclusão que todos os relacionados estão aptos e se equivalem de forma tal que não consegue optar, votará em branco, visto que qualquer um dos relacionados podem executar a função oriunda do cargo a que se propuseram ocupar.

Se chegar à conclusão que todos os relacionados NÃO estão aptos, invalidará (anulará) o seu voto, visto que todos os relacionados são inaptos para ocupar a função a que se candidataram.


Definição de um eleitor Livre, Consciente e Adulto.

Para um eleitor Livre, Consciente e Adulto, votar é uma obrigação por princípio e um direito por consequência, independente do que diz a lei a respeito.

Para este eleitor todos os seus direitos estão atrelados às obrigações que devem ser cumpridas sempre, para ele não existe direto sem uma obrigação (condição) que o anteceda e que se cumprida o valide como tal.

Um eleitor livre procura sempre a honestidade em todos os seus interesses, por isso não se liga nem escolhe desonestos para nada.

Um eleitor livre procura sempre ser honrado em todos os seus atos, por isso não se liga ou escolhe canalhas para nada.

Um eleitor livre procura sempre o viés mais justo para os seus julgamentos, por isso não se liga ou escolhe injustos, enganadores e trapaceiros para nada.

Um eleitor livre vive buscando a sabedoria e por isso sempre procurará se ligar ou escolher pessoas melhores e mais capacitadas que ele para tudo o que puder escolher.

Um eleitor livre conhece o valor do perdão puro e incondicional mas, jamais incorreria duas vezes em um mesmo erro.

Não é possível ser um eleitor livre sem praticar diuturnamente todas estas qualificações.

mkmouse
















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