sexta-feira, 29 de março de 2013

A Páscoa Segundo Mkmouse


"Ostara" (1901) by Johannes Gehrts. The goddess Ēostre/*Ostara flies through the heavens surrounded by Roman-inspired putti, beams of light, and animals. Germanic peoples look up at the goddess from the realm below.
Created in 1884, judging by the signature. Published in 1901.
Felix Dahn, Therese Dahn, Therese (von Droste-Hülshoff) Dahn, Frau, Therese von Droste-Hülshoff Dahn (1901). Walhall: Germanische Götter- und Heldensagen. Für Alt und Jung am deutschen Herd. Breitkopf und Härtel.
Xylograph by Eduard Ade (1835–1907) of a work by Johannes Gehrts (1855–1921)

A páscoa como hoje a temos, é na verdade uma “arvore” com pelo menos dois grandes galhos, o mais antigo que é o do judaísmo e o cristianismo que hoje no ocidente é o mais conhecido deles.

No entanto esta data (festa) é tão antiga quanto a história do homem, praticamente nasceu com ele.
creation of man (1508-1512) - Michelangelo (1475–1564)
Afresco - Capela Sistina, Vaticano
Obra fotográfica do próprio, Titimaster (talk), photography: 11/06/2011

A páscoa na Mitologia

Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Por ser uma Deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi perdido através dos tempos e sendo assim, descrições, mitos e informações sobre ela são escassos, seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos, a deusa do Amanhecer na mitologia grega.
Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg *deusa indo-européia – esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril.
Outros pesquisadores a associam à Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por crianças e onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa.
Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre o q que maravilhou as crianças.
Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar, as crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento.
Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto, a magia já estava feita e nada poderia revertê-la.
Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía, quem sabe quando a Primavera retornasse e ela tivesse de novo plenamente restituído dos poderes, pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou.
Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo.
Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre e em celebração à sua liberdade, como também às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original; o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.
Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra, ela é considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.
Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida.
Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.
Eostre também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza.
Femme inconnue en Cérès. Marbre, œuvre romaine, vers 235 - 250 après J.-C. Department of Greek, Etruscan and Roman Antiquities, Denon, ground floor, room 27 do Museu do Louvre
Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente pois acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
Eostre, Ēostre, Ostara ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica.
Na primavera (no hemisfério norte), lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados.
De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”.
É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento.
O nome Eostre ou Ostara, como também a Deusa é chamada, é de origem anglo-saxã e provem do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.
Foi ela que deu o nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento, chamado de Ostara.
Posteriormente, a igreja católica acabou por substituir às festividades pagãs de Ostara pela Páscoa, ms não sem absorver muitos de seus costumes, inclusive o dos ovos e o coelhinho da Páscoa.
Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.
 
 A Origem do nome (Páscoa)
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pesah.
Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua, os franceses de Pâques, e também em outras línguas que provavelmente não saiu do hebraico: latim Pascha, azerbaijano Pasxa, basco Pazko, catalão é Pasqua, crioulo haitiano Pak, dinarmaquês Påske, Pasko em esperanto, galês Pasg, Pasen em holandês, indonésio Paskah, Páskar em islandês, Paskah em malaio, em norueguês påske, Paști em romeno, Pasaka em suaíle, påsk em sueco e Paskalya em turco.
Depiction of the Venerable Bede (CLVIIIv) from the Nuremberg Chronicle, 1493.
http://www.beloit.edu/nuremberg/book/images/People/Early_Christian_Medieval/index.htm
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa).
As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII.
Porém, é importante mencionar que o termo Ishtar é cognato de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e(ou) indiretamente), tiveram notórias influências ou origem.
O nome Páscoa (do hebraico Pessach), significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade Católica.
Na Páscoa os cristãos católicos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 DC.
A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril.
O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Historia ecclesiastica gentis Anglorum - Beda Petersburgiensis, fol. 3v
datada de 746
A Páscoa no Judaísmo
Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito e na última delas (Êxodo cap. 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados.
Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo da morte passaria por elas sem ferir seus primogênitos.
Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros e isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Êxodo
A Páscoa Católica
A Páscoa católica-ortodoxa celebra a ressurreição de Jesus Cristo,
Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição.
É o dia santo mais importante do Cristianismo e do Catolicismo.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera e outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade.
É e sempre foi um ritual de passagem, assim como é a "passagem" de Cristo, da morte para a vida, dos judeus da escravidão para a liberdade e do inverno para a primavera desde a mais remota antiguidade.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo com os seus discípulos, é narrada nos evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach”, a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos.
O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach.
Assim, a última ceia da qual participou Jesus Cristo (segundo o Evangelho de Lucas 22: 16) teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
A festa tradicional, segundo as concepções católica e ortodoxa, associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes.
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther em inglês, Easter quer dizer Páscoa.
Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus.
A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida.
Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter e na mitologia romana, é Ceres.
The Resurrection of Jesus
Giclee Print, By Heinrich Hofmann(1824 - 1911) - Item #: 12015995A
Igreja Nova York Riverside.

Este Rato deseja para você e sua família uma feliz páscoa em 2013

Fontes:

São Paulo, SP, 29 de março de 2013
Mkmouse


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